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DC Comics, uma das principais editoras do mundo, é responsável por emplacar grandes heróis e vilões inclusivos
Nota das Cartunadas: este texto, diferente de todos de nosso site, não possui transcrição em áudio por problemas técnicos que estamos enfrentando. Assim que isso tudo passar, iremos incluir a versão em áudio, tudo bem?
As principais editoras de super-heróis dos Estados Unidos (Marvel e DC Comics) têm tentado acompanhar ideais igualitários e incorporar personagens diversificados em suas histórias. Provavelmente você deve conhecer algum deles. Mulher Maravilha, Ciborgue e Arlequina são protagonistas bem importantes para esse meio, porém não são os únicos.
Vocês pediram e as Cartunadas atenderam! Separamos 10 personagens da DC Comics que fazem parte de alguma minoria social. Continue a leitura, que garanto que você irá se surpreender!
1. Yara Flor
Começamos a lista com uma personagem que foi, durante muito tempo, aguardada pelos fãs brasileiros de quadrinhos, mas que causou decepção para quem — a princípio — deveria se sentir representada na heroína.
Yara Flor é uma super-heroína semideusa e sua primeira aparição na DC Comics é em 2020. Sua mãe vem da Amazônia e seu pai é o deus do rio, mas a personagem só cria consciência de suas raízes após visitar o Brasil.
As Cartunadas não chegaram a consumir os quadrinhos de Yara Flor, entretanto, personalidades indígenas se manifestaram na época do lançamento da personagem sobre a frustração em ver uma narrativa estereotipada dos povos originários.
Yara Flor não deixa de ser uma personagem relevante para o mundo das HQs, afinal, é uma super-heroína indígena em uma das maiores editoras do mundo. Entretanto, não podemos nos deixar enganar pela representatividade liberal que a indústria do entretenimento produz em boa parte de suas obras. Seguiremos atentas!
2. Oráculo
Oráculo é uma identidade adotada por Barbara Gordon, também conhecida como a Batgirl, logo após levar um tiro de Coringa em A Piada Mortal. O episódio lhe deixou paraplégica.
Filha do Comissário Gordon, Barbara usou de sua inteligência e habilidades com internet para tornar-se Oráculo, uma hacker que auxilia heróis da DC, como Batman, com seu imenso banco de dados. Além disso, Oráculo também fundou o grupo Aves de Rapina, super-heroínas que combatem o crime inicialmente em Gotham City.
3. Porcelana
Porcelana teve sua primeira aparição em 2015 e deve ser uma das personalidades menos conhecidas desta lista. Parte dos vilões da DC Comics, ela é uma pessoa negra e gênero fluido, ou seja, pode se identificar tanto com uma identidade de gênero masculina (Kevin) como feminina (Kani), independente da situação. Além disso, se atrai por homens e mulheres.
Porcelana foi chamada para o Sexteto Secreto, grupo de vilões criado por Charada para atuar em Gotham City. Seu poder é tornar objetos frágeis ao seu toque, tal qual a porcelana. Independente de qual material seja, Porcelana é capaz de deixá-lo frágil tal qual... porcelana.
4. Constantine
Também conhecido como Hellblazer, John Constantine é um dos personagens mais aclamados do universo da DC. No mundo dos quadrinhos, o mago já se relacionou com homens e mulheres — sempre se dando mal nos dois casos, como bom bissexual. A divulgação de sua sexualidade para os leitores não foi feita de forma “escancarada”, ao contrário, ela ocorre em uma narração cotidiana do personagem.
Sempre sarcástico e com “dedo podre” para relacionamentos, o fumante e anti-herói ganhou sucesso entre o meio nerd. Pouco tempo após sua primeira aparição, Constantine teve sua HQ solo publicada pelo selo Vertigo, a linha de histórias adultas da DC, em 1988.
5. Kate Kane
Katherine (Kate) Kane é a nossa querida Batwoman como conhecemos atualmente. Sua origem data de 2006, entretanto, a história da mulher-morcega é bem mais antiga. Para ser exata, 1956. Vamos explicar.
A primeira Batwoman, Kathy Kane, surge em 1956 no universo da DC. Sua criação possuía o principal objetivo de afastar os boatos de Batman ter um relacionamento afetivo-sexual com Robin, seu parceiro de trabalho. A vida da primeira a vestir o manto de mulher-morcega durou cerca de dez anos, quando a editora decidiu cortar alguns personagens de seu quadro.
Em 2006, a DC Comics relança a super-heroína e, dessa vez, com uma característica diferente da precursora: Kate Kane é judia e lésbica — o que é interessante, já que a criação da primeira Batwoman foi justamente para afastar uma possível relação afetivo-sexual entre dois homens.
Assim como Batman, a super-heroína não tem superpoderes, mas sim, habilidades como força, inteligência, agilidade e dedução. Dessa forma, ela combate o crime em Gotham City, inspirada, obviamente, no homem-morcego.
6. Lanterna Verde
Outro personagem famoso entre o mundo nerd é o Lanterna Verde, identidade usada por Alan Scott (Lanterna Verde I) ao adquirir o poder de Coração Estelar e utilizá-lo em seu anel. Lanterna Verde foi criado em 1940, entretanto, foi em 2012 que a DC Comics decidiu tratar sobre sua homossexualidade nas histórias em quadrinhos.
Infelizmente, o público brasileiro não foi nada receptivo com a sexualidade de Alan Scott, ao contrário. Em reportagem do site Omelete, que reproduz uma entrevista de James Robson, criador da versão homossexual do Lanterna Verde, o quadrinista afirma que os piores ataques homofóbicos vieram do Brasil.
7. Senhor Incrível
Dono de mais de uma dezena de PhDs e mestrados, Michael Holt, Doutor Incrível, surge pela primeira vez nos quadrinhos em 1997 e, assim como alguns outros personagens da DC, usa de sua inteligência extraordinária para salvar o mundo.
O super-herói negro também é ex-atleta olímpico e faz da tecnologia a sua aliada para criar ferramentas que o auxiliam no combate do crime. Apesar de ser um personagem incrível (literalmente, rs), ele não é tão conhecido fora do mundo nerd, como acontece com os personagens da Liga da Justiça, por exemplo.
8. Vixen
Mari Jiwe McCabe, Vixen, é uma super-heroína africana, modelo internacional e ativista da causa animal. A personagem também já integrou a Liga da Justiça.
Introduzida no universo da DC em 1981, seus poderes vêm do Tantu Totem, amuleto herdado de seus pais que lhe permite canalizar as habilidades de qualquer animal para si. Desta forma, ela usa sua sabedoria ancestral para defender humanos e animais do mal. Uma lenda, quase que literalmente.
9. Doutor Meia-Noite
Charles McNider, ou simplesmente Doutor Meia-Noite, é um super-herói da DC cuja visão foi afetada totalmente ao ser atingido por uma granada. Como o nome diz, Charles era doutor antes do acidente, entretanto, o mesmo não seguiu a carreira médica após o ocorrido.
Com sua primeira aparição em 1945, Meia-Noite não é capaz de enxergar sob a luz do dia, entretanto, é durante a noite que o super-herói usa sua visão para combater o crime. Além disso, ele também tem uma força extraordinária e conta com a presença de Hooty, a coruja que o ajudou a identificar sua visão noturna.
10. Hera Venenosa
Hera Venenosa, cuja identidade é Pamela Lillian Isley, é uma das vilãs mais conhecidas do mundo dos quadrinhos. Especialista em plantas, ela é capaz de controlar o crescimento das mesmas, além de ser imune a vírus, bactérias, venenos e similares. Hera Venenosa também exerce a habilidade da sedução por meio de seus feromônios e é capaz de matar alguém com um beijo, mas enganou-se quem pensou que apenas os homens a interessam. Sim, Hera Venenosa é bissexual.
Quem aí já não se deparou com os registros da personagem em momentos acalorados com Arlequina, também vilã de DC? O casal tem um relacionamento aberto, porém as Cartunadas lembram aqui que não é preciso estar em um relacionamento com alguém de um gênero diferente do seu para ser bi ou mesmo pansexual, ok? Nada de exigir "carteirinha bi" por aí, pessoal.
E aqui chegamos ao fim da nossa lista de personagens da DC LGBTQIA+, não-brancos, com deficiência, dentre outras minorias sociais. O que achou? Já conhecia alguns personagens que trouxemos?
Reforçamos aqui que a pluralidade, a diversidade e a inclusão são importantes em todos os espaços de nossas vidas, e os quadrinhos fazem parte disso. Por mais histórias representativas para todes, hoje e sempre.
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