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Ellie Irineu: todo mundo merece um final feliz

Atualizado: 9 de ago. de 2021


Mulher trans e bissexual, Ellie faz quadrinhos para que mais pessoas como ela se sintam representadas nas HQs e tenham finais felizes.


Montagem com fotografia de Ellie Irineu. Ela é uma mulher de pele clara, cabelos presos e castanhos e franja. Ela usa óculos grandes e redondos e sorri
Ellie Irineu já participou de eventos grandes, como a Comic Con Experience | Foto: Maré Geek cobrindo CCXP 2019

Se preferir, ouça este conteúdo:


Qual é a sua história com quadrinhos e ilustrações? Por que decidiu seguir essa área, sobretudo focada em relacionamentos não hetercisnormativos?

Sempre gostei de quadrinhos, tanto de ler quanto de produzir, então foi bem natural seguir nessa área. Ao mesmo tempo eu sentia uma falta muito grande de quadrinhos que eu pudesse me identificar, e foi também natural querer preencher essa falta com quadrinhos que retratassem experiências mais parecidas com as minhas. Hoje em dia esse tipo de conteúdo já é bem mais comum, o que me deixa bastante feliz.


Você já participou da POC CON, certo? Pode nos contar como foi essa experiência para você?

A POC CON foi ótima, é uma experiência incrível estar num evento voltado para o público LGBT e ver ele encher tanto quanto qualquer outro tipo de evento de cultura nerd. Acho de extrema importância tanto para o público quanto para os artistas que esse tipo de coisa continue ocorrendo sempre.


Histórias Quentinhas Sobre Sair do Armário é uma obra querida por muitos leitores de quadrinhos LGBTQIA+, justamente por mostrar que essa população também tem direito a histórias felizes e ao afeto. Como foi para você poder proporcionar essa experiência para esse público?

Fico sempre feliz quando as pessoas me falam esse tipo de coisa. Sempre me incomodou muito como das poucas histórias que existiam que retratavam pessoas LGBT, a maior parte era ou feita por pessoas que não eram LGBT, possuíam finais tristes, ou ambos. Essa narrativa de pessoas LGBT com vidas sofridas e triste vende muito e ganha prêmios, mas quem consome e gosta são as pessoas cis e hétero. Só pra elas o nosso sofrimento se torna entretenimento. Então, sempre achei muito importante poder usar o meu trabalho como espaço para apresentar alternativas e colocar no mundo história que pessoas LGBT tenham interesse real em consumir. Todos os quadrinhos que eu faço são para esse público, e se outras pessoas gostarem dele também, ótimo, mas não foi feito com elas em mente.


Você tem alguns planos para o futuro e que pode nos contar um pouco mais sobre?

Estou trabalhando num quadrinho novo, acho que a essa altura não vou poder comentar muito sobre a história em si, mas até o fim do ano já devo começar a divulgação! Então quem quiser me seguir pra ficar de olho, fique à vontade. Vai ser meu quadrinho mais longo até então e estou bem animada com o processo até agora.


Por fim, quais quadrinhos e/ou artistas você indicaria para quem está entrando no mundo dos quadrinhos feitos por e para minorias sociais?

Eu sempre me embaralho na hora de fazer indicações, mas vamos tentar. A @manucunhas tem um trabalho muito bonito que retrata sempre corpos diversos. Pra quem quer aprender mais sobre qualquer assunto relacionado a pessoas LGBT, @nimbusviridis tem um trabalho super legal e informativo. @dikaraujo é uma artista incrível que desenha sempre pessoas LGBT além de ter participado de vários quadrinhos ótimos. E se você curte uma pegada mais artística, o trabalho da @diana.salu é incrível e mescla quadrinho, ilustração e poesia de uma maneira maravilhosa.


Conheça o trabalho de Ellie Irineu visitando seu Instagram:


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